sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL A TODOS!

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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CNE quer fim da reprovação até 3º ano do Ensino Fundamental

As novas diretrizes curriculares para o ensino fundamental de nove anos foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Uma das determinações do órgão é que todos alunos devem ser plenamente alfabetizados até os 8 anos de idade. O CNE ainda "recomenda fortemente" que as escolas não reprovem os alunos até o 3º ano dessa etapa.
O parecer já foi homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e deve ser publicado na próxima terça-feira no Diário Oficial da União. "Nossa orientação é muito clara: todas as crianças têm direito de aprender e as escolas devem assegurar todos os meios para que o letramento ocorra até os 8 anos de idade. Não é uma concepção simplista de que defendemos a aprovação automática", afirmou o conselheiro César Callegari, relator do processo.
O parecer recomenda que os três primeiros anos do ensino fundamental sejam considerados um bloco único, um ciclo de aprendizagem. Durante esse período, a escola deve acompanhar o desempenho de cada aluno para garantir que ele seja alfabetizado na idade correta. O texto ressalta que cada criança tem um ritmo diferente nesse processo e, por isso, deve ser contínuo.
"Assim como há crianças que depois de alguns meses estão alfabetizadas, outras requerem de dois a três anos para consolidar suas aprendizagens básicas, o que tem a ver, muito frequentemente, com seu convívio em ambientes em que os usos sociais da leitura e escrita são intensos ou escassos, assim como com o próprio envolvimento da criança com esses usos sociais na família e em outros locais fora da escola", informou o documento.
"A descontinuidade e a retenção de alunos têm significado um grande mal para o País. Sobretudo para crianças nessa fase, não tem cabimento nenhum atribuir à criança a insuficiência da aprendizagem quando a responsabilidade é da escola", afirmou o conselheiro César Callegari.
O parecer determina quais são as disciplinas básicas do ensino fundamental, atualizando o currículo após a criação de leis que tornaram obrigatório, por exemplo, o ensino da música. O próximo passo do conselho, segundo Callegari, será determinar "expectativas de aprendizagem" para cada fase, ou seja, o que cada criança brasileira tem o direito de aprender em cada série ou bloco. O Ministério da Educação (MEC) está trabalhando nisso junto com estados, municípios e pesquisadores.
"Isso tem a ver com a subjetividade do direito, as crianças têm direito não só à educação, mas à aprendizagem. Nós temos que dizer com clareza quais são essas expectativas para que todos se comprometam com a sua realização", disse.
O conselheiro acredita que essa definição irá orientar a organização dos currículos, que, na opinião dele, hoje se pautam por avaliações como a Prova Brasil e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "É uma inversão completa. São os currículos que devem orientar as avaliações e não o contrário. Queremos que as escolas e sistemas de ensino construam seus currículos, mas a partir dessas expectativas. Isso é particularmente importante neste momento em que vivemos uma fragilidade na formação inicial dos professores", afirmou.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tecnologias na Educação: Física no celular

Tecnologias na Educação: Física no celular: "O professor Suintila , do Blog Serão Extra, encontrou uma forma de ajudar seus alunos trabalhadores no aprendizado de física:ele usa cel..."

domingo, 21 de novembro de 2010

Pensamento Positivo

20 qualidades do professor ideal | Formação | Nova Escola

20 qualidades do professor ideal Formação Nova Escola

Didáticas específicas são a chave do ensino

Em busca da aprendizagem


Currículos e conteúdos precisam encaminhar o estudante rumo à aprendizagem. "Para que ele seja capaz de buscar o conhecimento, é importante que desenvolva habilidades de leitura, interpretação, estudo independente e pesquisa", diz Maria Inês Marcondes, especialista em formação e prática pedagógica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Como forma de contribuir para o avanço da atividade docente, NOVA ESCOLA coletou práticas de ensino e aprendizagem indispensáveis do 1º ao 5º ano. São situações didáticas essenciais que conjugam conteúdos e formas de ensino que levam as crianças a construir os esquemas de conhecimento necessários para a compreensão (leia abaixo a relação completa). Elas não funcionam de forma isolada, mas são úteis como parte de atividades permanentes, sequências didáticas ou projetos.

O conjunto de 30 atividades foi elaborado com a colaboração de 10 pesquisadores e profissionais de formação continuada. Como as práticas selecionadas já fazem parte do cotidiano de diversos educadores, dez deles demonstram como as aplicam.

A sugestão é encarar este material não como um manual de receitas, mas como um ponto de partida a ser adaptado a sua realidade e confrontado com sua experiência. Esses procedimentos vão ajudá-lo a refletir sobre a prática, o que é essencial para o aprimoramento profissional.

O que não pode faltar


Confira as situações didáticas específicas de cada disciplina, indicadas por especialistas consultados por NOVA ESCOLA.

Artes


• Produção

• Percurso de criação pessoal

• Interpretação de imagens

• Fala, leitura e escrita sobre Arte

Ciências

• Observação

• Experimentação

• Pesquisa em textos

• Leitura e escrita sobre Ciências

Educação Física

• Leitura de práticas corporais

• Atividades praticas

• Aprofundamento dos conhecimentos

Geografia

• Leitura e escrita sobre Geografia

• Atividades com imagens e mapas

• Trabalho de campo

História

• Trabalho com sujeitos históricos e perspectivas

• Leitura e escrita sobre História

• Leitura de mapas geográficos e históricos

• Representação gráfica do tempo

• Análise de imagens

Língua Portuguesa


• Leitura para a classe

• Leitura para aprender a ler

• Escrita para aprender a escrever

• Produção textual

• Comunicação oral

Matemática

• Estratégias de cálculo

• Resolução de problemas

• Registro oral e escrito

• Construção, reprodução e identificação de figuras

• Exploração e reconhecimento de corpos geométricos

• Medição e comparação de medidas

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/chave-ensino-466832.shtml

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Planejamento na sala de aula

Planejamento na sala de aula

Matemática do 1º ao 5º ano | Nova Escola

Matemática do 1º ao 5º ano Nova Escola

A avaliação deve orientar a aprendizagem | Planejamento e Avaliação | Nova Escola

A avaliação deve orientar a aprendizagem Planejamento e Avaliação Nova Escola

Prova Brasil 9º ano: Procedimentos de Leitura | Língua Portuguesa | Nova Escola

Prova Brasil 9º ano: Procedimentos de Leitura Língua Portuguesa Nova Escola

Como não deixar ninguém para trás

Como não deixar ninguém para trás

Ainda há tempo para recuperar... | Planejamento e Avaliação | Nova Escola

Ainda há tempo para recuperar... Planejamento e Avaliação Nova Escola

O reforço que funciona

O reforço que funciona

O trabalho do orientador educacional na sala de aula

O trabalho do orientador educacional na sala de aula

Cinco maneiras de evitar a repetência

Cinco maneiras de evitar a repetência

11 respostas para as questões mais comuns sobre recuperação | Planejamento e Avaliação | Nova Escola

11 respostas para as questões mais comuns sobre recuperação Planejamento e Avaliação Nova Escola

Como fazer da rotina uma aliada | Planejamento e Avaliação | Nova Escola

Como fazer da rotina uma aliada Planejamento e Avaliação Nova Escola

As trocas que fazem a turma avançar | Planejamento e Avaliação | Nova Escola

As trocas que fazem a turma avançar Planejamento e Avaliação Nova Escola

A avaliação deve orientar a aprendizagem | Planejamento e Avaliação | Nova Escola

A avaliação deve orientar a aprendizagem Planejamento e Avaliação Nova Escola

O planejamento deve ser flexível | Planejamento e Avaliação | Nova Escola

O planejamento deve ser flexível Planejamento e Avaliação Nova Escola

Ponto de chegada: a definição do currículo | Planejamento e Avaliação | Nova Escola

Ponto de chegada: a definição do currículo Planejamento e Avaliação Nova Escola

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Professor do Século XXI

Não é mais possível dar aulas apenas com o que foi aprendido na graduação. Ou achar que a tecnologia é coisa para especialistas. Trabalhar sozinho, sem trocar experiências com os colegas, e ignorar as didáticas de cada área são outras práticas condenadas pelos especialistas quando se pensa no professor do século 21. Planejar e avaliar constantemente, acreditando que o aluno pode aprender, por outro lado, é essencial na rotina dos bons profissionais.
Essa nova configuração no perfil profissional está embasada em medidas governamentais e em pesquisas sobre a prática docente e o desenvolvimento infantil."Antes, achávamos que a principal função do professor era passar o conhecimento aos alunos. Jean Piaget, Lev Vygotsky e outros estudiosos mostraram que o que realmente importa é ser um mediador na construção do conhecimento e isso requer uma postura ativa de reflexão, autoavaliação e estudo constantes", diz Rubens Barbosa, da Universidade de São Paulo (USP).
Tudo isso, é claro, porque os alunos também não são os mesmos de décadas atrás - longe disso. Com a democratização do acesso à internet, no fim dos anos 1990, passamos a ter nas escolas crianças que interagem desde cedo com as chamadas tecnologias de informação e comunicação, o que exige um olhar diferente sobre o impacto disso na aprendizagem. Finalmente, não podemos nos esquecer de que esses estudantes conectados têm uma relação diferente com o tempo e com o mundo, o que coloca desafios para a docência.

DIA DA CRIANÇA

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

EXERCITAR O CÉREBRO ATRASA O ALZHEIMER

Nós agora temos ainda mais motivos para praticar exercícios para o cérebro.
Na última semana, uma nova pesquisa científica verificou que exercícios para o cérebro podem atrasar o surgimento dos sintomas da doença de Alzheimer (DA) e encurtar a sua duração. O estudo foi conduzido pelo neuropsicólogo Dr. Robert Wilson, do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, e publicado no dia 1 de setembro de 2010 na revista Neurology.
A equipe do Dr. Wilson estudou 1157 residentes saudáveis de Chicago, de diversas rendas e origens étnicas, com idades acima de 65 anos, durante o período de seis anos. A conclusão das descobertas do estudo foi que a prática regular de exercícios para o cérebro atrasa o aparecimento da doença de Alzheimer. A reserva cognitiva obtida através de um estilo de vida cognitivamente rico ajuda as pessoas a compensar nos estágios iniciais da DA. Mesmo que a pessoa tenha a doença, ela poderá desfrutar da sua vida normal por um período maior de tempo. A duração da doença é reduzida, e os sintomas somente aparecem no momento em que as defesas naturais do cérebro (através da formação de reservas cognitivas) são derrotadas.
Por exemplo, se você soubesse que tem a condição fatal de DA e que isso resultaria na sua morte em 10 anos, você preferiria passar por uma deterioração lenta e gradual ao longo desses 10 anos, ou uma vida livre de sintomas por sete anos, seguida de um rápido declínio cerebral nos últimos três anos? Acreditamos que a maioria das pessoas optaria pela segunda alternativa, já que ela lhes dá a oportunidade de prolongar sua independência, propósito e qualidade de vida, e limita o fardo financeiro e emocional em suas famílias.

LEIA MAIS EM: http://www.cerebromelhor.com.br/novidades.asp

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Autoridade se Constrói


É impossível falar de indisciplina sem pensar em autoridade. E é impossível falar de autoridade sem fazer uma ressalva: ela não é dada de mão beijada, mas é algo que se constrói. Ou seja, ter autoridade é muito diferente de ser autoritário (leia o quadro abaixo). Dizer "não faça isso", ameaçar e castigar são atitudes inúteis. O estudante precisa aprender a noção de limite e isso só ocorre quando ele percebe que há direitos e deveres para todos, sem exceção.

Um professor autoritário...
...exige silêncio para ser ouvido;
...pede tarefas descontextualizadas;
...ameaça e pune;
...quer que a classe aprenda do jeito que ele sabe ensinar;
...não tem certeza da importância do que está ensinando;
...quer apenas passar conteúdos;
...vê o aluno como um a mais.

Um professor com autoridade...
...conquista a participação com atividades pertinentes;
...mostra os objetivos dos exercícios sugeridos;
...escuta e dialoga;
...procura adequar os métodos às necessidades da turma;
...valoriza o conteúdo de sua disciplina na construção do conhecimento;
...adapta os conteúdos aos objetivos da educação e à realidade do aluno;
...vê o aluno como um ser humano.

Ana Kennya Félix, que leciona Língua Portuguesa na Escola Crescimento, em São Luís, dá uma boa amostra de como fazer isso. Certo dia, ela encontrou sua classe de 7ª série em pé de guerra por causa de uma discussão entre os meninos. Um deles desafiou-a a "botar moral". Calmamente, ela pediu que todos se sentassem e deu início a uma conversa sobre o sentido de "moral" (no caso, ordem). "Eles não esperavam esse encaminhamento e o debate serviu para a gente pensar sobre os limites de nossos atos", constata a professora.

Um dos obstáculos mais frequentes na hora de usar o mau comportamento a favor da aprendizagem é uma atitude comum a muitos professores: encarar a indisciplina como agressão pessoal. "Não podemos nos colocar na mesma posição do jovem", adverte Julio Aquino, professor de Psicologia da Educação na Universidade de São Paulo (USP). Quando a desordem se instala, diz ele, é fundamental agir com firmeza. Como fazer isso? Não há fórmulas prontas, mas um bom caminho é discutir o caso com os envolvidos e aplicar sanções relacionadas ao ato
O professor precisa desempenhar seu papel o que inclui disposição para dialogar sobre objetivos e limitações e para mostrar ao aluno o que a escola (e a sociedade) esperam dele. Só quem tem certeza da importância do que está ensinando e domina várias metodologias consegue desatar esses nós. Maria Isabel Fragoso, professora de História do Colégio Albert Sabin, em São Paulo, sabe que sua disciplina requer muitas aulas expositivas. Mas ela notou que não conseguia atenção suficiente ao falar diante do quadro-negro. A saída foi propor à garotada a criação de encenações sobre alguns períodos históricos. Resultado: o desinteresse e a bagunça logo se transformaram em mais concentração.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/indisciplina-como-aliada-431399.shtml

domingo, 5 de setembro de 2010

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Comunicação em Matemática: instrumento de ensino e aprendizagem

Kátia Stocco Smole e Maria Ignez Diniz - Coordenadoras do Mathema.

A palavra comunicação esteve presente durante muito tempo ligada a áreas curriculares que não incluíam a matemática. Pesquisas recentes afirmam que, em todos os níveis os alunos devem aprender a se comunicar matematicamente e que os educadores precisam estimular o espírito de questionamento e levar os seus educandos a pensar e comunicar idéias.

A predominância do silêncio, no sentido de ausência de comunicação, é ainda comum em matemática. O excesso de cálculos mecânicos, a ênfase em procedimentos e a linguagem usada para ensinar matemática são alguns dos fatores que tornam a comunicação pouco freqüente ou quase inexistente nas aulas desse componente curricular.

Se os educandos são encorajados a se comunicar matematicamente uns com os outros, com o educador ou com os pais, eles têm oportunidade para explorar, organizar e conectar seus pensamentos, novos conhecimentos e diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto.

Assim, aprender matemática exige comunicação, no sentido de que é através dos recursos de comunicação que as informações, conceitos e representações são veiculados entre as pessoas. A comunicação do significado é a raiz da aprendizagem.

Promover comunicação em matemática é dar aos alunos a possibilidade de organizar, explorar e esclarecer seus pensamentos. O nível ou grau de compreensão de um conceito ou idéia está intimamente relacionado à comunicação bem sucedida deste conceito ou idéia.

Dessa forma, quanto mais os alunos têm oportunidade de refletir sobre um determinado assunto, falando, escrevendo ou representando, mais eles o compreendem.

Somente trocando experiências em grupo, comunicando suas descobertas e dúvidas e ouvindo, lendo e analisando as idéias do outro é que o aluno interiorizará os conceitos e significados envolvidos nessa linguagem de forma a conectá-los com suas próprias idéias.

A capacidade para dizer o que se deseja e entender o que se ouve ou lê deve ser um dos resultados de um bom ensino de matemática. Essa capacidade desenvolve-se quando há oportunidades para explicar e discutir os resultados que obtidos e para testar conjecturas em diferentes formas.

A oralidade em matemática Em toda nossa vida de falantes, a oralidade é o recurso de comunicação mais acessível, que podemos utilizar, seja em matemática ou em qualquer outra área do conhecimento. É um recurso simples, ágil e direto de comunicação que permite revisões quase que instantaneamente, que pode ser truncada e reiniciada, assim que se percebe uma falha ou inadequação, independentemente da idade e série escolar.

Oportunidades para os alunos falarem nas aulas faz com que eles sejam capazes de conectar sua linguagem, seu conhecimento, suas experiências pessoais com a linguagem da classe e da área do conhecimento que se está trabalhando. É preciso promover a comunicação pedindo que esclareçam e justifiquem suas respostas, que reajam frente ás idéias dos outros, que considerem pontos de vista alternativos.

Na essência, o diálogo capacita os alunos a falarem de modo significativo sobre seus conhecimentos, suas dúvidas, suas aprendizagens, a conhecerem outras experiências, testarem novas idéias, terem consciência do que eles realmente sabem e daquilo que ainda precisam aprender.

A partir da discussão estabelecida, das diferentes respostas obtidas, o educador pode aprender mais sobre o raciocínio de cada aluno e perceber a natureza das respostas, realizando assim intervenções apropriadas.

A comunicação oral favorece ainda a percepção das diferenças, a convivência dos alunos entre si, o exercício de escutar um ao outro numa aprendizagem coletiva, possibilitando também aos alunos mais confiança em si mesmos, para que se sintam mais acolhidos e sem medo de se exporem publicamente.

A comunicação escrita Temos observado que escrever sobre matemática ajuda a aprendizagem dos alunos de muitas formas, encorajando reflexão, clareando idéias, e agindo como um catalisador para as discussões em grupo.

Produzir textos nas aulas de matemática cumpre um papel importante para a aprendizagem dos alunos e favorece a avaliação dessa aprendizagem em processo. Organizar o trabalho em matemática de modo a garantir a aproximação dessa área do conhecimento com a língua materna não apenas é uma forma de favorecer uma abordagem interdisciplinar, como permite a valorização de diferentes habilidades que compõem a realidade complexa de qualquer sala de aula.

Escrever em matemática pode ajudar os alunos a aprimorarem percepções, conhecimentos e reflexões pessoais. Favorece ainda que realizem processos de escuta, leitura, questionamento, observação, interpretação e avaliação. É como se, ao escrever, pudessem refletir sobre seu próprio pensamento e ganhar assim, uma consciência maior sobre seus caminhos, suas ações, suas aprendizagens.

Há muitas formas de favorecer os procedimentos de comunicação nas aulas de matemática, algumas delas são:

Explorar interações nas quais os alunos explorem e expressem idéias através de discussão oral, da escrita, do desenho de diagramas, da realização de pequenos filmes, do uso de programas de computador; da elaboração e resolução de problemas.

Pedir aos alunos que expliquem sem raciocínio ou suas descobertas por escrito.

Promover discussões em pequenos grupos ou com a classe toda sobre um tema.

Valorizar a leitura em duplas dos textos no livro didático.

Propor situações problema nas quais os alunos sejam levados a fazer conjecturas a partir de um problema e procurar argumentos para validá-las.
Com esse trabalho nossos objetivos são levar os alunos a:

Relacionarem materiais, desenhos, diagramas, palavras e expressões matemáticas com idéias matemáticas.

Refletirem sobre e explicar o seu pensamento sobre situações e idéias matemáticas:

Relacionarem a linguagem de todos os dias com a linguagem e os símbolos matemáticos:

Compreenderem que representar, discutir, ler, escrever e ouvir Matemática são uma parte vital da aprendizagem e da utilização da Matemática.

Desenvolverem compreensões comuns sobre as idéias matemáticas, incluindo o papel das definições

Desenvolverem conjecturas e argumentos convincentes;

Compreenderem o valor da notação matemática e o seu papel no desenvolvimento das idéias matemáticas.
A avaliação e a comunicação A avaliação tem a função de permitir que educador e educando detectem pontos frágeis, aprendizagens e que extraiam as conseqüências pertinentes sobre para onde direcionar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. Ou seja, a avaliação tem caráter diagnóstico, de acompanhamento em processo e formativo.
Nesta proposta a avaliação é concebida como instrumento para ajudar o aluno a aprender. Assim, educador revê os procedimentos que vem adotando e replaneja sua atuação, enquanto educando vai continuamente se dando conta de seus avanços e dificuldades.
A avaliação só é instrumento de aprendizagem quando o educador utiliza as informações conseguidas para planejar suas intervenções, propondo procedimentos que levem o educando a atingir novos patamares de conhecimento.
O recurso da comunicação, nesse sentido é essencial, pois no processo de comunicar suas idéias o educando nos mostra ou fornece indícios de que habilidades ou atitudes está desenvolvendo, e que conceitos ou fatos domina, apresenta dificuldades ou incompreensões.
Os recursos da comunicação são novamente valiosos para interferir nas dificuldades encontradas ou para permitir que educando avance mais, propondo-se outras perguntas, mudando-se a forma de abordagem.
Como podemos ver, há muitas vantagens em estimular a comunicação nas aulas de matemática.
Que tal você tentar?

Referências bibliográficas: Lerma, Inés S. Comunicacion, lenguaje y matematicas.
In: Teoria y practica in educacion matemática.
Sevilla: Linares, Sánchez y García, 1990.

Miller, L. Diane. Fazendo a conexão com a linguagem.
Arithmetic Teacher, nº 6, pag. 311-316, fev. 1993.

Machado, N.J. Matemática e língua materna: a análise de uma impregnação mútua.
São Paulo: Cortez, 1990.

Smole, K. S. e Diniz. M. I.
Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática.
Porto Alegre: Artmed, 2001.



FONTE: www.mathema.com.br

domingo, 29 de agosto de 2010

O significado da Reprovação




“Cada criança tem seu tempo, desenvolve a sua aprendizagem no seu ritmo. Daí, é necessário que se entenda que se deve avaliar não comparando um aluno com outro, mas a criança consigo mesma.”

O que significa reprovar? Não está apto para! Mas, se tomarmos como pressuposto o processo ensino e aprendizagem o que se compreende não está apto para? Neste sentido, quando a escola tem no seu projeto pedagógico uma definição metodológica, entendendo a aprendizagem a partir de uma dimensão científica articulada ao conteúdo, a avaliação é possível justificar que o educando naquele momento não se encontra preparado, de acordo com os critérios definidos para a etapa ou série/ano determinado. Ou seja, se o aluno não consegue dominar e manipular os conhecimentos previstos para que operando com eficiência e atingindo com eficácia os resultados estabelecidos previamente pelos professores, será considerado ainda não apto para o ano seguinte.

Assim, a aprovação ou reprovação deve considerar a aprendizagem, mas relacionando com o desenvolvimento e o amadurecimento cognitivo, emocional, biológico e até físico. É comum entre as classes elitizadas a exigência dos pais para que a “boa escola” lecione conteúdos para além daquele ano, ou melhor, os pais são levados por uma falácia, como se o avanço do ensino dos conteúdos do ano seguinte na série anterior fosse sinônimo de ter filhos inteligentes. Com a contribuição das teses construtivistas é fundamental o respeito à criança e ao seu tempo. Respeitá-la implica investir na autoestima da criança e acompanhar integralmente o seu crescimento, percebendo as nuanças da sua evolução. Cada criança é um ser com suas definições e peculiaridades que vão se fazendo, modificando e acomodando tendo em vista as suas relações com o meio, as suas conquistas como pessoa e ao seu crescimento de vida como ser humano.

Na educação escolar, professor, pais, responsáveis e educadores devem estar atentos para o aparecimento das fragilidades ou a imaturidade do ponto de vista da aprendizagem. Algumas crianças, precocemente, desenvolvem-se com uma certa facilidade, enquanto outras são mais lentas na sua prontidão para aprender determinados conteúdos. Isso nos leva a constatar a complexidade dos seres humanos. Cada criança tem seu tempo, desenvolve a sua aprendizagem no seu ritmo. Daí, é necessário que se entenda que se deve avaliar não comparando um aluno com outro, mas a criança com si mesma.

Portanto, a avaliação deve ser consistente e servir como um diagnóstico que oriente ao professor à escola, os pais ou responsáveis na escolha das opções para que a criança, da melhor forma, possa reunir as condições para superar as dificuldades, sejam de ordem cognitiva, afetiva ou outras – e que permita, se for o caso, até a repetição do ano letivo na mesma escola. Eventualmente os pais, com receio, retiram a criança da escola, matriculando-a no ano seguinte em outra instituição. Mas, há que se considerar que se a criança está bem adaptada àquela escola, o afastamento dela para outra instituição pode provocar outras reações, inclusive negativa em relação ao seu comportamento. É claro que quando ocorre a reprovação, no ano seguinte, durante as primeiras semanas a criança expressará um sentimento de perda e poderá até esboçar situação de lamento, insegurança e tristeza, angustiada por não está com o “seu” grupo do ano anterior. Mas, o próprio tempo e o cuidado da professora levará a criança a se destacar dentre os demais novos colegas, isso resultará na afirmação da sua autoestima.
Às vezes não se tem como evitar a reprovação. O tempo da criança deve ser respeitado. O que vai exigir a paciência dos pais. Se se tem atenção com a caminhada do filho ou não, o olhar de zelo deve ser redobrado. Daí, é preciso que não somente a escola faça a sua parte, mas os pais é muito importante observar cuidadosamente o desempenho da criança, está presente e fortalecer por meio de gestos, ações e conselhos que reforcem sua autoestima. Elogiar cada passo pelo apreço da conquista, enfatizando os acertos. Cada acerto, mesmo que pequeno, deve ser altamente valorizado. Não se pode esquecer que para se ter gestos concretos é necessária a presença dos pais ou responsáveis na vivência diária da criança. Esta atitude de presença se revelará em um ato de amor, que transformará o carinho em confiança: o amor faz os relacionamentos ganharem consistência. Passado esse momento de sofrimento, esse tormento, a criança conquista o seu espaço no grupo, amplia as suas amizades e paulatinamente vai se afirmando como pesssoa junto ao grupo. A criança percebe que é capaz e se afirma como sujeito e a cada momento de afirmação do seu sucesso, ocorre a consolidação das suas conquistas, tornando cada passo de sucesso na aprendizagem. A vitória na sua caminhada de recuperação da sua autoimagem positiva que vai contribuindo para a elevação da sua autoestima. Para que isso efetivamente ocorra é prudente uma análise criteriosa dos problemas que a criança apontou nas suas insuficiências.
Portanto, diante do significado da aprendizagem, como foco estratégico para sucesso escolar, é imprescindível que os professores tomem consciência da sua função de educadores, que os gestores permitam ousar com a mudança na escola, rebelando-se frente aos modelos tradicionalmente praticados de ensino, aprendizagem e avaliação. É mais importante uma criança feliz confiante em si mesmo, sentindo-se capaz de superar desafios que possam surgir na sua vida, tanto escolar quanto existencial, do que no futuro um adulto frustrado, incapaz e limitado que não se reconhece como sujeito. A reprovação também pode impregnar no indivíduo a hipocrisia de uma escola que não respeita a dignidade da pessoa e nega o sentido ético da vida humana.

Créditos: Casemiro Campos (Revista Aprendizagem, 3ª edição.)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Cyberbullying: a violência virtual


Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas "imperfeições" - e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como "intimidar" ou "amedrontar"). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo.
Nesta reportagem, você vai entender os três motivos que tornam o cyberbullying ainda mais cruel que o bullying tradicional.
No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo.
Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular - e muitas vezes se expõem mais do que devem.
A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência.
Raissa*, 13 anos, conta que colegas de classe criaram uma comunidade no Orkut (rede social criada para compartilhar gostos e experiências com outras pessoas) em que comparam fotos suas com as de mulheres feias. Tudo por causa de seu corte de cabelo. "Eu me senti horrorosa e rezei para que meu cabelo crescesse depressa."

Esse exemplo mostra como a tecnologia permite que a agressão se repita indefinidamente (veja as ilustrações ao longo da reportagem). A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. "O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público", destaca Aramis Lopes, especialista em bullying e cyberbullying e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Ele chama a atenção para o fato de que há sempre três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e a plateia. Além disso, de acordo com Cléo Fante, especialista em violência escolar, muitos efeitos são semelhantes para quem ataca e é atacado: déficit de atenção, falta de concentração e desmotivação para os estudos (leia mais na próxima página).
Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. "O espaço do medo é ilimitado", diz Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora de A Face Oculta, que discute as implicações desse tipo de violência. Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.

FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/cyberbullying-violencia-virtual-bullying-agressao-humilhacao-567858.shtml


Edição 233 | Junho/Julho 2010 | Título original: Violência virtual

quinta-feira, 22 de julho de 2010

HÁBITOS QUE PREJUDICAM O CÉREBRO


1. Não tomar o café da manhã
A pessoa que não come algo de manhã cedo fica com baixo nível de açúcar no sangue. Isto deixa o cérebro com uma quantidade insuficiente de nutrientes, causando a sua degeneração progressiva.

2. Comer demais
Causa o endurecimento das artérias do cérebro, que acaba por implicar na redução da capacidade mental.

3. Fumar
Causa a diminuição do tamanho cerebral e promove também a doença de Alzheimer.

4. Consumir altas quantidades de açúcar
O alto consumo de açúcar interrompe a absorção de proteínas e outros nutrientes causando má nutrição, que pode interferir no desenvolvimento do cérebro.

5. Contaminação do ar
O cérebro é o maior consumidor de oxigenio do corpo. Inalar ar contaminado diminui a sua oxigenação, provocando uma diminuição da eficiência cerebral.

6. Dormir pouco
Dormir permite ao cérebro descansar. A falta de sono por períodos prolongados acelera a perda das células cerebrais.

7. Dormir com a cabeça coberta
Dormir com a cabeça coberta aumenta a concentração de dióxido de carbono e diminui o oxigenio, causando efeitos adversos ao nosso cérebro.

8. Fazer o cérebro trabalhar quando estamos doentes
Trabalhar e estudar quando se está doente, além da dificuldade do cérebro para responder nesse estado, prejudica sua capacidade.

9. Falta de estimulação
Pensar é a melhor maneira de estimular o nosso cérebro e não fazê-lo influi na redução de seu tamanho e portanto de sua capacidade.

PRATIQUE A CONVERSAÇÃO INTELIGENTE!
Conversas profundas ou intelectuais promovem a eficiência cerebral...

terça-feira, 13 de julho de 2010

EDUCAÇÃO E PÓS MODERNIDADE

FAMÍLIA, ESCOLA E PÓS-MODERNIDADE

Jaqueline Oliveira.
Supervisora/Orientadora Educacional.

Uma questão bastante presente e preocupante na escola da atualidade é o grande número de crianças agressivas, estressadas e ansiosas, em sua maioria com situações de dificuldades na aprendizagem. Estas demandas estão intimamente relacionadas com a estrutura familiar e com estrutura social da pós-modernidade. Segundo Bauman, sociólogo Polonês, nossa sociedade sofre um momento de liberdade, mas ao mesmo tempo de insegurança. Este processo acelerado de individualização e desapego ele denomina de “Modernidade Líquida‟ (2001). Assim como a maioria das pessoas, os pais estão preocupados com inúmeras atividades assumidas e conseqüentemente sem tempo, sendo que poucos são aqueles que têm disponibilidade para atender seus filhos. Para Bauman, a manipulação das relações sociais encontra-se cada vez mais gerada pelo consumo. Mesmo as mais intensas relações afetivas – amizades, namoros, casamentos – são comprometidas pelo consumo como ideal do agir social moderno-líquido. O outro passa a ser benéfico enquanto oferece satisfação, e desnecessário ao fim da utilidade, sendo visto como objeto de consumo. As relações humanas acabam sendo construídas pelo consumo e, como eles próprios, se tornam imagem do consumo, terminando por originar uma fluidez, uma efemeridade cada vez mais exacerbada nos relacionamentos humanos. (BAUMAN, 2004; 2006). Toda esta insegurança e superficialidade nas relações enfrentadas pelas famílias frente às intensas modificações sociais acabam por enfraquecer os laços entre seus membros, gerando crianças/adolescentes mais inseguros, insatisfeitos, inconstantes e influenciando diretamente nas relações destes com seus pares. A falta de tempo dos pais na família moderna diminui a interação entre seus membros empurrando os pais para um sistema de auto-cobrança e, ao mesmo tempo, de cobrança excessiva dos filhos, impelindo os pais a compensarem o tempo gasto fora de casa de diferentes maneiras, principalmente através do consumo. A criança, exposta cada vez mais cedo a estas demandas, acaba interagindo de maneira mais precoce frente às situações e sujeitos, desenvolvendo habilidades diferenciadas e nem sempre positivas. Esta precocidade pode provocar stress, pois o organismo reage diante de situações muito difíceis ou muito excitantes. E o stress é causador de muitas dificuldades na vida diária, incluindo na aprendizagem. Perspectivas muito elevadas exprimem grandes desapontamentos, que acabam por danificar a auto-estima. Elas findam com o vigor e a criança começa a ter empenho e curiosidade aquém, ocasionando desgaste e desinteresse. Tanto por fontes internas quanto externas o stress pode provocar: brigas ou separação dos pais, responsabilidades em demasia, disciplina confusa por parte dos pais, confusões na escola, entre outras. A depressão, a ansiedade, o medo entre outros são situações internas causadoras do stress.A escola e a família necessitam organizar-se e compartilhar responsabilidades no intuito de amenizar estas demandas diárias e promover aprendizagens mais efetivas. Ajuizar sobre os valores e afetos que fazem a diferença humana nas relações escolares no dia-a-dia é refletir sobre a edificação de uma escola mais eqüitativa e solidária e de uma família mais unida e comprometida. Vale citar Menezes (2000, p.13) e suas perspectivas sobre a educação, “A boa educação é aquela que promove gostosamente a diferença humana, preparando para a vida”. Ao trabalharem unidas, família e escola estarão colaborando para que o educando desenvolva todas as suas capacidades e possibilidades, de forma que se sinta livre para aprender e criar, trazendo experiências mais significativas e prazerosas para sua vida.

REFERÊNCIAS:

BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998. ______. Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. ______. Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004. ______. Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006. BIDDULPH, Steve. Quem vai educar seus filhos? Traduzido por Vera Whately. São Paulo: Fundamento, 2003.DELVAL, Juan. Aprender na vida e aprender na escola. Porto Alegre: Artmed, 2001.FILHO, Bendito José de Carvalho. Marcas de família: travessias do tempo. São Paulo: Annablume, 2000.MENEZES, Luís Carlos. Os Novos Rumos da Educação. Revista Impressão Pedagógica. Campinas. São Paulo: Gráfica Expoente. v. 9, n. 21, mar.-abr. 2000.

FONTE: http://jakcanoas.blogspot.com

Higiene sem produtos de limpeza


Alguns itens da sua despensa podem substituir artigos industrializados na hora da faxina. Essa troca ajuda seu bolso e também o planeta!

Karla Precioso
Revista Ana Maria – 05/03/2010


Manter a casa limpinha sem gastar muito com produtos de limpeza é uma tarefa mais do que possível. Basta abrir o armário da cozinha e encontrar ali tudo que é necessário para deixar a casa um brinco. Limão, vinagre, óleo e até sal substituem muito bem os artigos industrializados. Além disso, esses alimentos são bem menos agressivos ao meio ambiente. Por isso, você economiza e ainda contribui com a natureza.

GASTE POUCO PARA TER A CASA BRILHANDO!

Com vinagre
• Misture 3 e ½ litros de água com ¾ de xíc. (chá) de vinagre branco e ½ xíc. (chá) de amoníaco para limpar pisos de cerâmica. Use um pano macio.
• Para remover o mofo dos rejuntes de azulejos do banheiro, aplique uma boa quantidade de vinagre branco puro com uma escova de dentes velha. Deixe-o agir durante duas horas e, depois, lave a superfície apenas com água.
• Após fazer frituras, deixe o fogão novinho em folha despejando um pouco de vinagre sobre a gordura. Espere 15 minutos e limpe normalmente.

Com suco de limão
• Para tirar a ferrugem de objetos como talheres e grelhas, esfregue suco de limão com uma palha de aço.
• Para dar brilho extra aos copos, adicione um pouco de suco de limão à água do enxágue.
• Quando as roupas brancas estiverem amareladas, ponha-as de molho em água com pedaços de limão. Elas ficarão cheirosas, sem partes desbotadas nem manchas amarelas.

Com óleo de cozinha
• Para manter janelas e esquadrias de alumínio sempre brilhando, limpe-as com uma mistura de óleo de cozinha e álcool em partes iguais. Logo em seguida, passe um pano macio ou uma flanela.

Com sal
• Limpe pisos cerâmicos com ½ xíc. (chá) de sal dissolvido em 1 balde de água morna. Aplique essa solução com um esfregão e, depois, enxágue normalmente.
• Limpe a superfície do fogão com uma esponja macia embebida numa solução de água e sal (use duas partes de água para uma de sal).

Depois da limpeza, um cheirinho bom no ar...

Cravo-da-índia perfuma a casa. Dentro de um borrifador, coloque álcool e um punhado de cravos. Deixe descansar por alguns dias. Depois, borrife no ambiente todo. Além de perfumar, o aroma afasta os insetos.

FONTE: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/higiene-produtos-limpeza-541686.shtml

segunda-feira, 12 de julho de 2010

SALSA, REMÉDIO PARA OS RINS


REMÉDIO BARATO E EFICIENTE

Os anos passam e nossos rins vão filtrando nosso sangue para remover o sal e outros intoxicantes que entram no organismo.
Com o tempo, o sal se acumula e precisamos de uma limpeza. Como fazer isso?
De um modo simples e barato: Pegue um maço de salsas e lave bem. Corte bem picadinho e ponha em uma vasilha com água limpa. Ferva por 10 minutos e deixe esfriar. Coe, ponha em uma jarra com tampa e guarde na geladeira.
Beba um copo todos os dias, e você vai perceber que o sal e outros venenos acumulados nos rins saem na urina.
Você vai notar a diferença! Há muitos anos a salsa é reconhecida como o melhor tratamento de limpeza dos rins. E é um remédio natural!

Sobre a Salsa
A salsa é uma das ervas com propriedades terapêuticas menos reconhecidas. Ela contém mais vitamina C do que qualquer outro vegetal da nossa culinária (166mg por 100g).
Isso é três vezes mais que a laranja.
A salsa contém também ferro (5.5mg /100g), magnésio (2.7mg / 100g), cálcio (245mg / 100g) e potássio (1mg / 100g) .
De acordo com o Padre Kniepp, essa planta é um poderoso diurético, curando a retenção de água no organismo,
sendo recomendada para pedra nos rins, reumatismo e cólica menstrual.
Sua alta concentração de vitamina C ajuda na absorção de ferro.
O suco de salsa, sendo uma bebida natural, pode ser tomado misturado com outros sucos, 3 vezes ao dia.
As folhas podem ser mantidas no congelador, e seu uso é recomendo na culinária diária, pois além de saudáveis, dão ótimo sabor a qualquer receita.

domingo, 4 de julho de 2010

DICAS PARA TER SUCESSO NA ESCOLA


DICAS TILIBRA

Como Escrever Melhor
1. Tenha sempre em mente que o tempo do leitor é limitado. O que você escrever deve ser entendido na primeira leitura. Se você quer que seu trabalho seja lido e analisado por seus superiores, seja breve. Quanto menor o texto, maior a chance de ser lido por eles. Durante a 2ª Guerra Mundial, nenhum documento com mais de uma página chegava à mesa de Churchill.
2. Saiba onde você quer chegar.
Antes de redigir, faça um esboço, listando e organizando suas ideias e argumentos. Ele lhe ajudará a não se desviar da questão central. Comece parágrafos importantes com sentenças-chave, que indiquem o que virá em seguida. Conclua com parágrafo resumido.
3. Torne a leitura fácil e agradável.
Os parágrafos e sentenças curtos são mais fáceis de ler do que os longos. Mande telegramas, não romances. Para enfatizar, sublinhe sentenças e enumere os pontos principais (como fizemos com essas "dicas").
4. Seja direto.
Sempre que possível, use a voz ativa.
Voz Passiva - "Estamos preocupados com que nosso projeto não seja aprovado, o que poderia afetar negativamente nossa fatia de mercado".
Voz Ativa - "Acreditamos que esse projeto é necessário para manter nossa fatia de mercado".
5. Evite "clichês".
Use suas próprias palavras.
Clichê - O último, mas não menos importante...
Direto - Por último...
6. Evite o uso de advérbios vagos.
E não esclarecedores, como "muito", "pouco", "razoavelmente".
Vago - O projeto está um pouco atrasado.
Direto - O projeto está uma semana atrasado.
7. Use uma linguagem simples e direta.
Evite o jargão técnico e prefira as palavras conhecidas. Não esnobe o seu português.
Jargão - Input, Output.
Português comum - Fatos/informações, resultados.
8. Ache a palavra certa.
Use palavras de que você conheça exatamente o significado. Aprenda a consultar o dicionário para evitar confusões.
Palavras mal-empregadas são detectadas por um bom leitor e depõem contra você.
9. Não cometa erros de ortografia.
Em caso de dúvida, consulte o dicionário ou peça a alguém para revisar seu trabalho. Uma redação incorreta pode indicar negligência de sua parte e impressionar mal o leitor.
10. Não exagere na elaboração da mensagem.
Escreva somente o necessário, procurando condensar a informação. Seja breve sem excluir nenhum ponto-chave.
11. Ataque o problema.
Diga o que você pensa sem rodeios. Escreva com simplicidade, naturalidade e confiança.
12. Evite palavras desnecessárias.
Escreva o essencial. Revise e simplifique.
Não Escreva Escreva
Plano de Ação Plano
Fazer um debate Debater
Estudar em profundidade Estudar
No evento de Se
Com o propósito de Para
A nível de Diretoria Pela Diretoria
13. Evite abreviações, siglas e símbolos.
O leitor pode não conhecê-los.
14. Não se contente com o primeiro rascunho.
Reescreva. Revise. Acima de tudo, corte. Quando se tratar de um trabalho importante, faça uma pausa, entre o primeiro e o segundo rascunho, de pelo menos uma noite.
Volte a ele com um olhar crítico e imparcial.
15. Peça a um colega para revisar seus trabalhos mais importantes.
E dê total liberdade para comentários e sugestões.

Como fazer uma redação
Comunicar, eis a principal finalidade de uma redação. Ou seja: dizer algo, por escrito, a alguém. Mas o quê? A primeira operação para redigir um tema é compreender corretamente o enunciado contido no título. Um exame cuidadoso do título proposto dá ao estudante a exata delimitação do assunto, permite-lhe perceber imediatamente como desenvolver o pensamento para não fugir do tema. E conduz ao segundo passo: fazer um esboço do que vai ser dito.
Há quem prefira esboçar o tema mentalmente. Nunca é demais, porém, tenha o cuidado de anotar o plano, de modo que seja fácil segui-lo depois. Fazer um esboço depende, é claro, do conhecimento do aluno. E até mesmo do assunto. Mas um macete infalível é o da divisão em três partes: introdução, desenvolvimento, conclusão. Começa-se por chamar a atenção do leitor para o assunto, digamos, "A descoberta do Brasil", falando sobre a situação de Portugal no século XV, o florescimento cultural, a Escola de Sagres e as técnicas de navegação ali aperfeiçoadas. É a introdução, que conduzirá ao desenvolvimento: a frota de Cabral, seus objetivos, a viagem e seus problemas, a chegada a Porto Seguro, a comunicação da descoberta. Conclui-se de modo a evidenciar a importância que foi atribuída ao fato, na época, podendo-se adiantar algo sobre o significado histórico que teria depois.
Na exposição de assunto científico ou de caráter interpretativo, é bom lembrar que o sistema é: antecipar o que se vai provar, provar o que se havia proposto e enunciar o que já se provou. Nunca deixar, também, de enumerar em estrita ordem alfabética, todas as fontes e toda a bibliografia utilizada para compor o trabalho. Depois de tudo escrito, a tarefa ainda não terminou. A redação feita em casa ou em classe deve ser revista. É preciso ver se foram utilizadas as palavras mais expressivas, se não há erros de grafia, se a pontuação foi bem feita. Não se exige de ninguém um texto literariamente perfeito, mas escrever corretamente é obrigação.

Como ler bem
"Ler um livro é estabelecer um diálogo animado pelo desejo de compreender. Nossa leitura deve ser governada por um princípio fundamental de respeito à voz que nos fala no livro. Não temos o direito de desprezar um livro só porque contradiz nossas convicções, como também não devemos elogiá-lo incondicionalmente se estiver de acordo com elas". (Prof. Armando Zubizarreta).
Qualquer leitor, portanto, tem como primeiro desafio o de estar pronto para ler: disposto a aprender e aproveitar a leitura. Mesmo em caso de tratar-se, à primeira vista, de mera tarefa e não de algo que possa lhe dar prazer. Essa preparação exige dois pré-requisitos: prestar atenção e evitar a avidez. Devorar centenas de páginas não leva a nada.
Você vai ler? Saiba então que a compreensão de um texto exige mais do que o simples correr dos olhos sobre as letras. Comece por escolher um local tranquilo, confortável, bem iluminado. E não se apavore em caso de não conseguir entender tudo de imediato. A compreensão depende do nível cultural do leitor, que vai se ampliando a cada nova leitura ou releitura.
Recomenda-se, em geral, que não se passe ao parágrafo seguinte sem ter entendido bem o anterior. Isso você pode conseguir, voltando e relendo o trecho quantas vezes forem necessárias e, se preciso, recorrendo a dicionários e enciclopédias. No entanto, não se deve interromper demais a leitura. Por isso, conforme-se em aprender o significado geral, sabendo que, com o hábito de ler, essa tarefa vai ficar cada vez mais fácil.
Lembre-se sempre que um mínimo de disciplina é indispensável ao leitor que quer ou precisa aprender. A leitura, para ser mais produtiva, pode ser dividida em fases:
Faça um reconhecimento do texto para saber de que assunto trata. Mesmo no caso de romance é bom ter uma ideia do tema central.
Procure isolar as informações principais. Para isso, é bom sublinhar ou assinalar passagens.
Ao encontrar expressões especializadas, (de medicina, direito, etc.) procure conhecer e anotar seus significados. Assim, além de aumentar seu vocabulário, você conseguirá uma correta interpretação de sua leitura.
Procure separar os fatos, das interpretações que deles faz o autor. Retome as informações essenciais que foram isoladas anteriormente, para saber que relações existem entre elas.
Assim, você estará pronto para estabelecer suas próprias ideias sobre o texto. Mas lembre-se: o trabalho intelectual exige rigor. Por isso nunca é demais voltar ao texto, reler e aperfeiçoar a leitura.

Como tomar notas
A escrita é um poderoso instrumento para preservar o conhecimento. Tomar notas é a melhor técnica para guardar as informações obtidas em aula, em livros, em pesquisas de campo. Manter os apontamentos é fundamental. Logo, nada de rabiscar em folhas soltas. Mas também não se deve ir escrevendo no caderno tudo que se ouve, lê ou vê. Tomar notas supõe rapidez e economia. Por isso, as anotações têm de ser:
a. suficientemente claras e detalhadas, para que sejam compreendidas mesmo depois de algum tempo;
b. suficientemente sintéticas, para não ser preciso recorrer ao registro completo, ou quase, de uma lição.
Anotar é uma técnica pessoal do estudante. Pode comportar letras, sinais que só ele entenda. Mas há pontos gerais a observar. Quando se tratar de leitura, não basta sublinhar no livro. Deve-se passar as notas para o caderno de estudos. O aluno tem de se acostumar à síntese: aprender a apagar mentalmente palavras e trechos menos importantes para anotar somente palavras e conceitos fundamentais. Outros recursos: jamais anotar dados conhecidos a ponto de serem óbvios; eliminar artigos, conjunções, preposições e usar abreviaturas.
É preciso compreender que anotações não são resumos, mas registros de dados essenciais.

Como educar a memória
Aprender é uma operação que não se resume a adquirir noções, mas consiste em reter o que foi lido, reproduzir e reconhecer uma série de experiências e pensamentos. Portanto, é imprescindível educar a memória. Logo após o estudo de algum ponto ou matéria, nota-se que o esquecimento também trabalha: a mente elimina noções dispensáveis. Sem disciplina, entretanto, nunca haverá um jogo útil entre memória e esquecimento, entre horas de estudo e horas de descanso.
Para facilitar o aprendizado e fixar na memória os conteúdos aprendidos, basta proceder a uma série de operações sucessivas e gradativas no tempo. Repetir é importante, mas não só: saber de cor nem sempre vai além de um papaguear mecânico. As técnicas psicológicas de memorização são complexas, mas podem ser utilizadas simplificadamente pelo estudante. Algumas indicações:
a. ler mentalmente e compreender o assunto;
b. reler em voz alta;
c. concentrar a atenção em aspectos específicos: nomes, datas, ambientes, etc.;
d. notar semelhanças, diferenças, relações;
e. repetir várias vezes em voz alta ou escrever os conhecimentos adquiridos (os pontos principais);
f. fazer fichas com esquemas que incluam, de um lado, a sequência das noções principais e, do outro, detalhes referentes a cada uma delas;
g. nunca esquecer de repousar, pois uma mente cansada aprende pouco e retém com dificuldade.
Como estudar em grupo
Estudar em conjunto é um modo produtivo de fazer render ao máximo o esforço do aprendizado. E há muitas maneiras de os estudantes se ajudarem, mesmo que não se organizem em um grupo. Entre as mais importantes: a comparação dos apontamentos das aulas e das horas de estudos. Assim, trocam-se ideias e verificam-se os pontos fundamentais e os mais difíceis.
Dois princípios a serem pensados:
a. o estudo em conjunto deve refletir uma inteligente divisão de trabalho;
b. as sínteses não garantem plena compreensão, mas são interessantes como resumo dos conhecimentos adquiridos.
Quando o estudo em grupo é uma preparação para provas ou exames, o aluno deverá estudar toda a matéria por si mesmo, de modo que o trabalho com os colegas seja apenas uma revisão, uma possibilidade de aprofundamento e, às vezes, de correção dos pontos.
Algumas possibilidades de organização e divisão de trabalho no grupo:
Cada um estuda partes diferentes de um assunto e traz para serem fundidas na reunião;
Cada um estuda e consulta fontes sobre o mesmo assunto e expõe ao grupo, para uma comparação e aprofundamento;
Cada um estuda um ponto de um capítulo e faz seu relatório ao grupo, debatendo ou respondendo a perguntas depois.
É a voz corrente entre professores que a melhor maneira de aprender uma matéria é ensiná-la aos outros. Os alunos podem comprovar isso nas exposições orais de suas reuniões de grupo. E toda vez que um colega vier pedir auxílio.


A Importância Socioafetiva do Recreio


Rosemary Kaspary
Supervisora Educacional

O recreio, como relato de experiência, se deu por considerar que este momento, tão esperado no dia a dia da escola, possui componentes importantes para o exercício da cidadania, da aprendizagem informal e prática de atividades físicas de forma descontraída, exercitando o corpo, o respeito e a convivência social, onde a escola é o primeiro local desta interrelação na vida do ser humano.

Aprendendo a Conviver Socialmente
No pátio da escola, mais precisamente no recreio, existe uma convivência cultural onde os sujeitos se socializam entre si, com suas diferentes formas de organização espaço culturais.
Não há muitos trabalhos desenvolvidos com o objetivo de problematizar o recreio escolar, o qual, se comparado com outras temáticas pedagógicas, institucionais ou curriculares da escola, parece ter sido menosprezado. Parece também que este espaço é entendido como um momento que serve de intervalo para a rotina escolar entre as horas de aulas disciplinares, um período que as crianças não estão sob o controle dos adultos.( WENETZ, 2005).
A palavra recreio vem do latim (recreare) que significa divertir, causar alegria, prazer ou brincar. LUFT (2000) refere-se ao recreio como lugar próprio para recrear,
divertimento, prazer.

"Bom era o que tínhamos. Um quintal pequeno,torto, barulhento escorregadio e coberto. Sobrevivemos a ele; hoje damos risadas. Mas nos faltaram muitas referencias, muitos sonhos a céu aberto, luz, sol e espaço. Nos faltou a coragem para correr, brincar sem ter medo de escorregar". (CARVALHO, 2002 P.11)

A criança que permanece durante quatro horas em sala de aula, em atividades cognitivas, tem apenas quinze ou vinte minutos de atividade lúdica e de socialização onde também aprende a conviver, se expressar e relacionar-se com seus pares, sendo, muitas vezes, o único espaço que tem para aprender o exercício da cidadania, respeito ao próximo e a livre expressão corporal informal.
Há que pense que o recreio não seria necessário existir, pois os educandos ficam “muito agitados” e o restante do turno torna-se improdutivo, pois o professor tem dificuldade em “dar aula com tranquilidade”.
Mas é neste espaço que a aprendizagem relacional se intensifica. Se os adultos contribuem como parceiros desta ação, orientando na convivência dialógica, o resultado interfere automaticamente nas atividades do cotidiano escolar e social.

Estando os alunos sob responsabilidade da Instituição, também durante os intervalos ou recreio, esses momentos podem se transformar em excelentes oportunidades para os educadores conhecerem melhor os educandos, assim como para exercerem a sua função educativa.(GOUVÊA,2003).

O recreio tem algumas particularidades que identificam cada comunidade escolar. Cada escola adapta à sua realidade este momento de lazer, orientando as atividades através de profissionais, estagiários, amigos da escola, grêmio estudantil ou simplesmente deixando que os próprios educandos criem seu lazer. Caracterizado por conter em seu espaço, quadras, bancos, pracinha, cantina, espaços vazios, etc., onde crianças e adolescentes correm, brincam, jogam, conversam, leem, comem seu lanche, enfim, cada um ou cada grupo misturado ou separado por gênero, realizam atividades das mais diversas.
A quadra, há uns anos atrás, era ocupada por meninos, já que o futebol era um esporte praticado em sua maioria pelo sexo masculino. Hoje as meninas praticam com tanta frequência quanto seus colegas. Claro que numa proporção menos agressiva que o jogo causa quando realizado por eles. Numa gestão democrática, onde se prioriza o diálogo e respeito pelos seus pares, nada mais justo que trabalhar as relações de convivência para que todos, independentes do gênero e suas particularidades, possam usufruir de maneira justa e coletiva. Se for do interesse de todos aproveitarem este espaço, também é direito da maioria ocupar toda a área disponível. Nesta condição todos aprendem a conviver socialmente e respeitar as diferenças.
A gestão democracia supõe uma convivência dialógica, onde pensamentos distintos devem ser levados em consideração, já que a atualidade não permite que o domínio autoritário se fortaleça através da submissão em massa.
A Constituição Federal estabelece a Gestão Democrática do Ensino, garantindo o direito a participação na construção de uma educação mais humana e autônoma, exercendo a cidadania das pessoas envolvidas.
O gestor democrático compartilha o poder, incentivando o diálogo com a comunidade que está incentivada, atendendo aos interesses da coletividade usando o bom senso em suas atitudes a fim de provocar no educando o gosto pela escola, evitando ou mesmo diminuindo o stress emocional causado pela teoria de conteúdos que faz parte do cotidiano da aprendizagem.
Ter habilidade em administrar conflitos e respeitar as diferenças, pluralidade cultural e dignidade, são os meios pelos quais o diretor alcançará o objetivo social a que se propõe em seu trabalho como gestor democrático.
O bom senso não significa dar total liberdade sem responsabilidade, pois o ser humano precisa aceitar de forma consciente as atribuições que lhe são confiadas a fim de crescer com independência crítica e construtiva.
A educação que respeita seus participantes, sua individualidade e suas ansiedades, tem como retorno a colaboração e participação no processo construtivo do aprender, resultando o acesso e permanência na escola.
Para que este espaço escolar se torne um atrativo recreativo e cultural são necessárias algumas estratégias na construção segura e comprometida por todos os seus participantes. Saber ouvir as opiniões e solicitações, mostrar a importância da responsabilidade no papel de cada um para o bom andamento das novas estratégias que envolverá esta integração, tornará o espaço e tempo a forma prazerosa da integração e sociabilidade, resultando num ambiente envolvente e almejado por todos, sem abrir mão da qualidade no ensino.

Na Legislação, o recreio e os intervalos de aula são horas de efetivo trabalho escolar, conforme conceituou o CNE, no Parecer CEB nº 05/97:“As atividades escolares se realizam na tradicional sala de aula, do mesmo modo que em outros locais adequados [...].O fato do recreio ser considerado “efetivo trabalho escolar”.(GOUVÊA, 2003).

O recreio sempre foi um curto, mas almejado espaço, onde educandos e professores poderiam compartilhar, dialogar e relacionar-se como ser coletivo que necessita esta prática para seu desenvolvimento pessoal e social.
Se o melhor horário da escola é o recreio, por que não torná-lo parte integrante de nosso Projeto Político Pedagógico? Se nosso objetivo na educação é a formação de cidadãos críticos e construtivos, capazes de crescerem autônomos na tomada de decisões, transformando as relações interpessoais mais humanas, onde o respeito pelos seus pares possa contribuir para uma sociedade menos violenta e mais feliz, por que não iniciar esta caminhada no dia a dia da escola.
Trabalhando como gestora em escola pública, o horário do recreio sempre foi um momento de preocupação. Aqueles quinze minutos “pareciam não passar nunca”. Havia muita correria, brigas e pior, com apenas uma quadra esportiva, somente os mais “fortes” a usufruíam. Aos demais restava sonhar em poder, algum dia, brincar naquele espaço... Muitas foram as tentativas de evitar que alguns não se tornassem excluídos, mas tivessem a mesma oportunidade sem levar em conta a “habilidade superior” de poucos. Montou-se um esquema, onde a quadra era dividida por grupos em cada dia da semana. Contudo o problema não se resolveu, pois o grupo dominante que jogavam sempre, era o mesmo causador da indisciplina quando não estavam na quadra. Portanto era necessário mais do que dividir o espaço de forma democrática. Tinha que ocupar aqueles educandos “agitados”. Foi então que o diálogo informal, durante o recreio, se fez presente para descobrir os anseios e expectativas. Alguns gostavam de música, outros já preferiam os jogos de mesa, também a leitura tinha seus encantos aos mais introvertidos. Só que os quinze minutos não eram suficientes para este momento de aprendizagem relacional. Cada um tinha que ir ao banheiro, comer seu lanche... E o momento da conversa e da brincadeira seria quase inexistente!
As relações humanas iniciam na escola, principalmente quando esta se localiza em zona rural. A distância entre os vizinhos é muito longa. Chega, muitas vezes, a percorrer a distância de um a sete quilômetros entre si. Na zona urbana, a violência cada vez mais presente, a informática e a redução da prole nas famílias tem mantido a distância neste relacionamento social fora da escola. Por isso tem se tornado um ambiente de encontros e troca de experiências no cotidiano social. É neste espaço que os educandos formam sua postura social futura.
Se a educação não proporcionar esse diferencial de crescimento pessoal e cultural, o educando acaba sendo o depositário de conteúdos estáticos e fragmentados.
Ao deparar-se com a necessidade de fazer da escola, também, um ambiente socializador, poderá contribuir para uma aprendizagem socioeducativa com as diferentes faixas etárias, trocando experiências das mais diversas dimensões lúdicas e culturais.
Já foi comprovado que o cérebro não consegue captar informações de forma integral após duas horas de concentração ininterruptas, quanto mais sendo estendido este tempo para 4h/a.

Recreio Prolongado: Melhorando as Relações Humanas
Com a experiência do recreio prolongado, as brigas terminaram, as amizades se ampliaram e o aproveitamento e rendimento escolar tornaram-se significativos, influenciando diretamente no comportamento geral dentro e fora da escola. Os educandos tiveram suas atitudes indisciplinadas amenizadas, os professores trabalharam com mais empolgação, pois ao encerrar o período do recreio ninguém solicitava mais tempo, pois a nova consciência e responsabilidade faziam parte da combinação realizada em plenário. O que antes era problema (voltar à sala de aula) agora se tornara compromisso satisfatório de todos.
Tornar a escola um ambiente onde a quantidade de conteúdos é mais importante que a qualidade das relações que envolvem os sujeitos nela inseridos, faz com que a teoria não esteja em concordância com a prática. O velho discurso “faça o que eu digo...” impõe um autoritarismo burocrático que foge dos objetivos da Pedagogia da Autonomia, onde “ensinar exige respeito, ética, bom senso, humildade, generosidade carinho, comprometimento, alegria, esperança e diálogo” por parte daqueles que são os norteadores de um futuro educativo mais humano.
O que presenciamos, de um modo geral, são recreios agitados e muitas vezes impraticáveis. Mas será que os educandos estão correndo tanto para ter a sensação de estar aumentando o seu tempo? Parece que correndo muito, chega-se mais rápido a um lugar e ao mesmo tempo, podem-se explorar muitos lugares em pouco tempo! “Se este tempo, cronometrado, é curto, então vamos correr muito para aproveitar tudo! Mas, se a escola dá o tempo suficiente para explorar meu espaço, brincar e me relacionar com os demais, para que vou correr tanto?!”
Certamente a palavra “correr” no texto quer dizer:correr para aproveitar tudo em pouco espaço de tempo... e não correr como exercício aeróbico.
Para que o gestor tenha sucesso nesta proposta é necessário, antes de tudo, dialogar, descobrir com sua clientela as reais necessidades e aspirações sobre seu papel na sociedade escolar, transformando o ambiente num local de confiança e cumplicidade educativa, onde todos tem um mesmo fim: a Educação Cidadã.

Referências:
CARVALHO, A.F.Escolas, Espaços e Pessoas.São Paulo: Cedac,2002
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. 35ª ed.São Paulo:Paz e Terra,2007
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.Recreio como Atividade Escolar.Distrito Federal:CNE,2003
PROGESTÃO.Como Promover, Articular e Evolver a Ação das Pessoas no Processo de Gestão Escolar?Brasília:Consed,2001.
WENETZ, I.As Relações de Gênero no Espaço Cultural do Recreio.Revista Digital,2005.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A ARTE DE SER AVÓ

Quarenta anos, quarenta e cinco. Você sente,obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem suas alegrias, as sua compensações - todos dizem isso, embora você pessoalmente, ainda não as tenha descoberto - mas acredita.

Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade.

Não de amores nem de paixão; a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos cheios de problemas, que hoje são seus filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações, você não encontra de modo algum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são mais aqueles que você recorda.

E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis - nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino que se lhe é "devolvido". E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito sobre ele, ou pelo menos o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo ou decepção, se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.

Sim, tenho a certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.

Aliás, desconfio muito de que netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos. Se o Doutor Fausto fosse avô, trocaria calmamente dez Margaridas por um neto...

No entanto! Nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do neto. Não importa que ela hipocritamente, ensine a criança a lhe dar beijos e a lhe chamar de "vovozinha" e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante nos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe banho, veste-o, embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.

Já a avó não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, "não ralha nunca". Deixa lambuzar de pirulito. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso dos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café, mexer na louça, fazer trem com as cadeiras na sala, destruir revistas, derramar água no gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser - e até fingir que está discando o telefone. Riscar a parede com lápis dizendo que foi sem querer - e ser acreditado!

Fazer má-criação aos gritos e em vez de apanhar ir para os braços do avô, e lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...

Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu Deus, o olhar das outras avós com seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto!

E quando você vai embalar o neto e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz "Vó", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.

E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe castiga, e ele olha para você, sabendo que, se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade.

Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menino - involuntariamente! - bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beicinho pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague.

Rachel de Queiroz

O GRUPO NA ADOLESCENCIA



O grupo, no início da adolescência, faz parte do processo de emancipação familiar, busca pela autonomia, além da identidade pessoal. Para os pais, isto é visto como uma ameaça à integridade física e psicológica de seus filhos, já que não têm mais o controle que antes possuíam sobre os procedimentos dos mesmos. Para os adolescentes o grupo representa o apoio que necessitam para a experiência social de ser, desempenho dos papéis sociais e, especialmente, o desafio para crescimento psicológico e emancipação da influência familiar. Trata-se de uma etapa elementar do desenvolvimento em direção à vida adulta e à autonomia afetiva. Concomitante a essas necessidades, os adolescentes precisam buscar a definição de si próprios e sentir que pertencem a determinado grupo. Estes são os principais motivos que fazem com que prefiram mais a companhia de amigos que a de familiares. Tudo o que a família interdita, o grupo permite: já que não puderam escolher os pais, compensam tal imposição, escolhendo o grupo ou amigo de sua predileção. O grupo ainda oferece a oportunidade de alargar seu círculo de influência, de simpatia, o inverso do que ele vivencia na família, já que esta, inconscientemente, opõe-se à sua entrada em meios que lhe sejam estranhos ou desconhecidos. Esse receio fundamenta-se, especialmente nos dias atuais, devido ao alto índice de acontecimentos desastrosos, e que estão diretamente relacionados com o tipo de grupo que o jovem se aliou. O que os pais desconhecem é que, em plena fase da busca pela autonomia, um grupo representa para seus filhos uma das formas de afirmação do eu, um refúgio para suas problemáticas essenciais, medos, angústias, já que todos são semelhantes e, juntando-se, tornam-se fortes, criando uma sociedade à imagem peculiar e típica da adolescência, sendo regida por seus próprios estatutos. Quando um jovem adere a um grupo, inicia seu processo de organização coletiva, permitindo a ele afirmar-se com toda segurança, tendo em vista que os demais membros pensam e sentem como ele. Com isso, sente-se mais livre para se exprimir livremente, sem receio de não ser compreendido, pois os valores são comuns a todos do grupo, prevalecendo a fidelidade e a lealdade, fatores estes que, sozinho, faz com que se sinta impotente frente ao mundo dos adultos. É dentro do grupo que encontra espaço para desenvolver seu ideal de eu com segurança, o que facilita sua autoafirmação. Por outro lado, há o risco da alienação, se for incondicional sua submissão ao ideal coletivo, pois o indivíduo renuncia a parte de si mesmo e ao desenvolvimento de sua autonomia. Em situações de conflito, porém, irá sempre buscar em outras pessoas, não familiares, seu ponto de apoio e tal desestabilização social pode conduzi-lo a processos de indisciplina e de violência. O adolescente sabe que, no grupo, pode dar vazão à sua agressividade pessoal, além de facilitar que ele coloque em prática seu imaginário aventuroso, suas frustrações e rebeldias. Daí a importância dos pais quanto à vigilância dos pares com os quais seus filhos convivem, identificando certos comportamentos prejudiciais ao desenvolvimento tanto da personalidade como do processo de socialização. Devem estar sempre reavaliando suas próprias relações familiares, especialmente as problemáticas, indutoras que são de desvios comportamentais graves. Em resumo, conclui-se que a responsabilidade pelos atos antissociais cometidos pelo adolescente, não depende apenas do grupo ao qual se integrou (grande queixa de pais de filhos tidos como problemáticos), mas, de um conjunto de fatores que condicionam a formação pessoal do adolescente, passando pelos diferentes tipos de relações desenvolvidas pelas famílias e como ela faz a intermediação da passagem dos adolescentes para o convívio social.

FONTE: http://pt.shvoong.com/social-sciences/psychology/1834694-grupo-na-adolesc%C3%AAncia/