domingo, 15 de novembro de 2009

TRABALHO CIENTÍFICO NO ENS FUND

Fazer trabalho escolar obedecendo as normas técnicas não é tarefa difícil.
É preciso que nós, educadores, orientemos nossos educandos a organizarem seus trabalhos, desde o Ensino Fundamental, com a apresentação correta. Assim, quando ingressarem no Ensino Médio terão as competências necessárias para realizarem um trabalho apresentável cientificamente.
Abaixo estão algumas dicas de como orientar seus alunos na elaboração de trabalho científico de forma simples, mas que poderá servir de base para o futuro.

ELABORANDO TRABALHOS ESCOLARES

Fazer trabalhos escritos é um bom método para treinar as capacidades de compreensão e expressão. Há várias fases na elaboração de um trabalho escrito:

ESCOLHA DO TEMA
A escolha do tema do trabalho deverá ser feita com cuidado. Se o tema for proposto pelo professor, o aluno deverá esclarecer bem junto daquele os objetivos pretendidos. Se a escolha for livre, o aluno deverá ter em conta:

A sua capacidade individual, para não se propor tarefas superiores às suas forças.

As fontes de consulta, assegurando-se de que estas existem e são acessíveis.

O tempo disponível, para poder delimitar as fronteiras da investigação.

BUSCANDO INFORMAÇÕES

As fontes de informação são diversas e poderão ser encontradas na biblioteca da escola ou em bibliotecas públicas.
Os tipos essenciais de fontes são:
- Os dicionários – esclarecem o sentido das palavras.
- As enciclopédias – dão uma visão geral dos assuntos.
- Os livros especializados – desenvolvem os temas.
- Documentos em vídeo.
- Páginas da Internet.
- CD-ROM.
- Entrevistas com pessoas ou entidades.

Para encontrar livros numa biblioteca o estudante deverá consultar, se necessário com ajuda do responsável, os respectivos fichários, que estão organizados por assuntos, por títulos ou por autores. Não convém que o estudante se baseie numa única fonte: as fontes deverão ser variadas e merecedoras de crédito. É aconselhável começar o trabalho pela consulta de uma obra de informação geral sobre o tema (manual, enciclopédia). Para registrar as informações recolhidas recomenda-se a utilização de fichas ou folhas soltas, de tamanho uniformizado. Não devem misturar-se idéias ou fatos diversos numa mesma folha, para que o material seja depois mais fácil de consultar e manusear. As informações podem ser registradas como transcrições literais (neste caso, entre aspas e com indicação do autor, título da obra e página) ou como resumo pessoal.


O PLANO
Depois da recolha das informações, o aluno deve elaborar um plano ou esquema orienta-dor, que deverá ser mostrado ao professor. O plano oferece uma ajuda preciosa para a fase da escrita e, eventualmente, para uma intervenção oral a realizar sobre o tema. Para elaborar um plano há duas operações necessárias:

a. A filtragem
É a seleção do material recolhido, em função dos objetivos que se pretende atingir. O estudante deve eliminar as informações supérfluas, duvidosas ou confusas, sem cair no erro de querer “dizer tudo”.

b. A ordenação
É a arrumação das informações segundo uma ordem lógica. As informações devem ser organizadas numa seqüência lógica e bem articulada. Para realizar este trabalho, o estudante pode começar por escrever, numa folha, um índice esquemático, uma lista de idéias chave, precedidas de números ou letras. Com base nesta lista, é mais fácil redigir de forma clara, sem perder o “fio condutor” das idéias.

A REDAÇÃO
Um bom plano facilita a redação, mas esta é sempre um processo que passa por várias tentativas e exige esforço e persistência. As questões a ter em conta são:

As partes do texto
O trabalho deve ser dividido em 6 partes: Capa, Sumário, Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e
Referência.
Introdução
– serve para mostrar, brevemente, o interesse do tema e a forma como vai ser desenvolvido. Apresenta o problema e marca os limites do trabalho.

Desenvolvimento
– “corpo do trabalho”, onde o tema é explicado, desenvolvido, ponto por ponto, ao longo de diversos capítulos, com títulos e subtítulos. Cada capítulo deve ter uma extensão adequada à importância do assunto abordado.

Conclusão
– Resume o essencial do que se disse ao longo do trabalho, podendo também servir para tomar posição e indicar pistas de investigação futuras.

Referência
No final do trabalho, deve-se apresentar sempre uma lista bibliográfica. Ela deve ser organizada por ordem alfabética e deve integrar as obras consultadas. Pode ainda recomendar outras obras com interesse para o tema estudado. Na bibliografia devem mencionar-se os seguintes elementos, separados por vírgulas:

- sobrenome e nome do autor (ou autores, ou organizador se a obra for coletiva); título e subtítulo, nº da edição utilizada; local de edição (se não constar, escreve-se s.l. – sem local); editora, data de edição (se não constar, escreve-se s.d. – sem data).




APRESENTAÇÃO DO TRABALHO

É muito importante cuidar da apresentação exterior do trabalho, que deve ser agradável e limpa, manifestando o respeito do estudante por si próprio e pelo destinatário do trabalho.

Para uma correta apresentação, o estudante deve:

- Usar folhas brancas, de formato comum (geralmente A4);
- Escrever apenas de um lado das folhas;
- Reservar a 1ª página para a identificação pessoal, título do trabalho, escola e data;
- Fazer o sumário, na 2ª página;
- Salientar convenientemente os títulos e subtítulos;
- Abrir espaços entre os parágrafos;
- Deixar margens que permitam anotações e a encadernação do trabalho;
- Digitar ou, quando tal não for possível, fazer caligrafia legível;
- Não entregar folhas riscadas ou emendadas;
- Numerar as páginas: o sumário não dever ser numerado; se for separado por capítulos, cada início de capítulo não se numera.
- Colocar capa no trabalho.


Referência: http://www.scribd.com

AJUDANDO O FILHO NA APRENDIZAGEM

· Estabelecer o mesmo horário, todos os dias, para que a criança possa fazer o seu dever escolar.
· Sempre perguntar à criança se tem dever;
· Estar pronto a ajudar é importante, mesmo que seja para dizer “isso eu não sei também”,
mas vamos ver se a professora ou alguém pode nos ajudar”;
· Ajudar, mas nunca fazer dever pela criança;
· Olhar sempre os cadernos junto com a criança, observar se a criança está realizando as atividades da escola;
· Valorizar a produção dos filhos, elogiar o capricho, a organização e a criatividade.
· Ler para e com as crianças;
· Prestar atenção (mesmo!) quando os filhos mostram algo que fizeram;
· Ler com as crianças os textos que fazem parte do dia-a-dia da família (bulas de remédio,pedaços de jornal, etc)
· Ter livros infantis em casa estimula o interesse. Dê um livro de presente;
· Levar os filhos na biblioteca pública ou da escola;
· Incentivar os filhos solicitar livros da biblioteca e levá-los para casa. Se ainda não sabem ler, leia para eles! Ou então, sente com seu filho e peça que ele leia pra você! Certamente vai sentir-se valorizado e motivado a continuar lendo!
· Acreditar nas possibilidades do filho, e mostrar isto a ele!
. Não sufocar a curiosidade da criança. Através das novas descobertas, acontecem o aprendizado;
. Buscar ajuda profissional sempre que achar necessário;
. Participar da vida escolar (reuniões, comemorações).
. Juntos, família e escola, empenhados nesta caminhada, o sucesso e a promoção da aprendizagem tornar-se-á cada vez mais eficiente.

AVALIAÇÃO SEM NEUTRALIDADE

Nos diversos estudos sobre Avaliação, não há uma conclusão encerrada ou modelo definitivo que tenha sido implantada como a “receita” ideal. Afinal o ser humano varia a maneira de ser, conforme sua realidade e contexto social.
Cada ambiente pede um tipo de avaliação. Por esta razão não há uma forma única, há sim educandos que passam por nossas mãos para aprenderem a ser cidadãos construtivos de sua história. E está nas mãos dos educadores a responsabilidade em permitir que estes sujeitos avancem com sucesso. Por isso é tão importante que a avaliação esteja em constante discussão, sem com isto, fazermos “experiências” avaliativas ou cópias de outros países. É preciso ter um olhar crítico, objetivo e metas definidas aos que passam pelas mãos de quem pode contribuir nesta construção do saber.
Avaliação é um processo abrangente que implica numa reflexão crítica sobre a prática e suas dificuldades, possibilitando a tomada de decisão para vencer os obstáculos. Seja por nota, menção ou parecer, sempre existirá para que se possa acompanhar o processo de aprendizagem, superando as dificuldades.
A “prova” ainda é uma das formas mais usadas de chegar a nota, mas para alcançar o resultado não é necessário realizar este tipo de avaliação.
A maneira como, muitas vezes, se trabalha a avaliação escolar, percebe-se a forma baseada no prêmio-castigo. Tanto um como o outro, causam sentimentos de dependência, revolta ou satisfação. O sujeito agirá sempre por recompensa ou ameaça, gerando assim educandos e professores preocupados com a “nota” e não com a aprendizagem propriamente dita.
Há muitas respostas para a pergunta “Por que Avaliar?” Entre elas está no registrar, investigar, aprovar e reprovar, preparar para a vida, verificar que assimilou, rotular, cumprir a lei, selecionar.
O professor em sua maneira de avaliar reflete sua concepção perante a aprendizagem. Se tiver objetivo fiscalizador e controlador, caracterizar-se-á por um profissional transmissor de conteúdos. Mas se o objetivo maior é acompanhar, valorizar e estimular o educando, sua postura será de construir a autonomia e superação das dificuldades. Esta concepção interativa transforma a aprendizagem numa troca de experiências e resgata positivamente o trabalho educativo.
A partir do momento que mudarmos a concepção de avaliação, da forma de “reprodução” para a de “transformação”, os seres humanos serão mais criativos, críticos e construtivos de sua própria história.
Considerar a “nota” como uma simbologia já é um indício que esta relevância não tem a importância do número em si, ou seja, 7,0 ou 7,5. A dúvida gerada neste detalhe mostra, ainda, uma grande preocupação com a “nota justa”. Para não deixar que o essencial da aprendizagem seja inferior ao burocrático é preciso desmistificar o número, transformando-o em mero detalhe irrelevante no crescimento e sucesso do educando.
Transformar um novo conceito de avaliação não significa “liberar geral”. Precisamos exigir um ensino de qualidade através da construção do pensamento, curiosidade e pesquisa, contrários à “decoreba”, trabalho alienado que gera a distância entre educando e educador.
A questão na nota vem historicamente acompanhando a educação. Por esta razão é muito difícil mudar este método avaliativo. O educando estuda porque tem que vencer os obstáculos causados pela “nota” que por sua vez poderá ou não servir de “passaporte para a série seguinte” (VASCONCELLOS,1998).
A preocupação da tradicional avaliação deixa pais e educadores ansiosos com relação aos educandos que muitas vezes perderam o interesse pela aprendizagem. À medida que o educador se “liberta” deste condicionamento lógico, acaba refletindo esta tranqüilidade diretamente aos estudantes.
Simplesmente absorver os conteúdos transmitidos coloca o educando na condição de ”cópia de objeto”, caracterizando-se uma educação subdesenvolvida. Um país que não constrói sua própria história vive à sombra dos demais, “trabalham com sucata e são sucatas” (DEMO,1995).
Quando o professor se preocupar com o aproveitamento de cada componente curricular, buscando alternativas de retomar os assuntos de outra forma, diferente daquele que “não deu certo”, o educando empenhar-se mais, revendo seu métodos de estudo e a escola oportunizar as condições para este processo, os resultados serão bem sucedidos.

Referência:
LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem Escolar.11ª ed.São Paulo:Cortez,2001.

VASCONCELLOS, C. S. Avaliação – Concepção Dialética, Libertadora do Processo De Avaliação Escolar. 11ª ed.São Paulo: Libertad,2000.