quinta-feira, 23 de setembro de 2010

EXERCITAR O CÉREBRO ATRASA O ALZHEIMER

Nós agora temos ainda mais motivos para praticar exercícios para o cérebro.
Na última semana, uma nova pesquisa científica verificou que exercícios para o cérebro podem atrasar o surgimento dos sintomas da doença de Alzheimer (DA) e encurtar a sua duração. O estudo foi conduzido pelo neuropsicólogo Dr. Robert Wilson, do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, e publicado no dia 1 de setembro de 2010 na revista Neurology.
A equipe do Dr. Wilson estudou 1157 residentes saudáveis de Chicago, de diversas rendas e origens étnicas, com idades acima de 65 anos, durante o período de seis anos. A conclusão das descobertas do estudo foi que a prática regular de exercícios para o cérebro atrasa o aparecimento da doença de Alzheimer. A reserva cognitiva obtida através de um estilo de vida cognitivamente rico ajuda as pessoas a compensar nos estágios iniciais da DA. Mesmo que a pessoa tenha a doença, ela poderá desfrutar da sua vida normal por um período maior de tempo. A duração da doença é reduzida, e os sintomas somente aparecem no momento em que as defesas naturais do cérebro (através da formação de reservas cognitivas) são derrotadas.
Por exemplo, se você soubesse que tem a condição fatal de DA e que isso resultaria na sua morte em 10 anos, você preferiria passar por uma deterioração lenta e gradual ao longo desses 10 anos, ou uma vida livre de sintomas por sete anos, seguida de um rápido declínio cerebral nos últimos três anos? Acreditamos que a maioria das pessoas optaria pela segunda alternativa, já que ela lhes dá a oportunidade de prolongar sua independência, propósito e qualidade de vida, e limita o fardo financeiro e emocional em suas famílias.

LEIA MAIS EM: http://www.cerebromelhor.com.br/novidades.asp

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Autoridade se Constrói


É impossível falar de indisciplina sem pensar em autoridade. E é impossível falar de autoridade sem fazer uma ressalva: ela não é dada de mão beijada, mas é algo que se constrói. Ou seja, ter autoridade é muito diferente de ser autoritário (leia o quadro abaixo). Dizer "não faça isso", ameaçar e castigar são atitudes inúteis. O estudante precisa aprender a noção de limite e isso só ocorre quando ele percebe que há direitos e deveres para todos, sem exceção.

Um professor autoritário...
...exige silêncio para ser ouvido;
...pede tarefas descontextualizadas;
...ameaça e pune;
...quer que a classe aprenda do jeito que ele sabe ensinar;
...não tem certeza da importância do que está ensinando;
...quer apenas passar conteúdos;
...vê o aluno como um a mais.

Um professor com autoridade...
...conquista a participação com atividades pertinentes;
...mostra os objetivos dos exercícios sugeridos;
...escuta e dialoga;
...procura adequar os métodos às necessidades da turma;
...valoriza o conteúdo de sua disciplina na construção do conhecimento;
...adapta os conteúdos aos objetivos da educação e à realidade do aluno;
...vê o aluno como um ser humano.

Ana Kennya Félix, que leciona Língua Portuguesa na Escola Crescimento, em São Luís, dá uma boa amostra de como fazer isso. Certo dia, ela encontrou sua classe de 7ª série em pé de guerra por causa de uma discussão entre os meninos. Um deles desafiou-a a "botar moral". Calmamente, ela pediu que todos se sentassem e deu início a uma conversa sobre o sentido de "moral" (no caso, ordem). "Eles não esperavam esse encaminhamento e o debate serviu para a gente pensar sobre os limites de nossos atos", constata a professora.

Um dos obstáculos mais frequentes na hora de usar o mau comportamento a favor da aprendizagem é uma atitude comum a muitos professores: encarar a indisciplina como agressão pessoal. "Não podemos nos colocar na mesma posição do jovem", adverte Julio Aquino, professor de Psicologia da Educação na Universidade de São Paulo (USP). Quando a desordem se instala, diz ele, é fundamental agir com firmeza. Como fazer isso? Não há fórmulas prontas, mas um bom caminho é discutir o caso com os envolvidos e aplicar sanções relacionadas ao ato
O professor precisa desempenhar seu papel o que inclui disposição para dialogar sobre objetivos e limitações e para mostrar ao aluno o que a escola (e a sociedade) esperam dele. Só quem tem certeza da importância do que está ensinando e domina várias metodologias consegue desatar esses nós. Maria Isabel Fragoso, professora de História do Colégio Albert Sabin, em São Paulo, sabe que sua disciplina requer muitas aulas expositivas. Mas ela notou que não conseguia atenção suficiente ao falar diante do quadro-negro. A saída foi propor à garotada a criação de encenações sobre alguns períodos históricos. Resultado: o desinteresse e a bagunça logo se transformaram em mais concentração.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/indisciplina-como-aliada-431399.shtml

domingo, 5 de setembro de 2010

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Comunicação em Matemática: instrumento de ensino e aprendizagem

Kátia Stocco Smole e Maria Ignez Diniz - Coordenadoras do Mathema.

A palavra comunicação esteve presente durante muito tempo ligada a áreas curriculares que não incluíam a matemática. Pesquisas recentes afirmam que, em todos os níveis os alunos devem aprender a se comunicar matematicamente e que os educadores precisam estimular o espírito de questionamento e levar os seus educandos a pensar e comunicar idéias.

A predominância do silêncio, no sentido de ausência de comunicação, é ainda comum em matemática. O excesso de cálculos mecânicos, a ênfase em procedimentos e a linguagem usada para ensinar matemática são alguns dos fatores que tornam a comunicação pouco freqüente ou quase inexistente nas aulas desse componente curricular.

Se os educandos são encorajados a se comunicar matematicamente uns com os outros, com o educador ou com os pais, eles têm oportunidade para explorar, organizar e conectar seus pensamentos, novos conhecimentos e diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto.

Assim, aprender matemática exige comunicação, no sentido de que é através dos recursos de comunicação que as informações, conceitos e representações são veiculados entre as pessoas. A comunicação do significado é a raiz da aprendizagem.

Promover comunicação em matemática é dar aos alunos a possibilidade de organizar, explorar e esclarecer seus pensamentos. O nível ou grau de compreensão de um conceito ou idéia está intimamente relacionado à comunicação bem sucedida deste conceito ou idéia.

Dessa forma, quanto mais os alunos têm oportunidade de refletir sobre um determinado assunto, falando, escrevendo ou representando, mais eles o compreendem.

Somente trocando experiências em grupo, comunicando suas descobertas e dúvidas e ouvindo, lendo e analisando as idéias do outro é que o aluno interiorizará os conceitos e significados envolvidos nessa linguagem de forma a conectá-los com suas próprias idéias.

A capacidade para dizer o que se deseja e entender o que se ouve ou lê deve ser um dos resultados de um bom ensino de matemática. Essa capacidade desenvolve-se quando há oportunidades para explicar e discutir os resultados que obtidos e para testar conjecturas em diferentes formas.

A oralidade em matemática Em toda nossa vida de falantes, a oralidade é o recurso de comunicação mais acessível, que podemos utilizar, seja em matemática ou em qualquer outra área do conhecimento. É um recurso simples, ágil e direto de comunicação que permite revisões quase que instantaneamente, que pode ser truncada e reiniciada, assim que se percebe uma falha ou inadequação, independentemente da idade e série escolar.

Oportunidades para os alunos falarem nas aulas faz com que eles sejam capazes de conectar sua linguagem, seu conhecimento, suas experiências pessoais com a linguagem da classe e da área do conhecimento que se está trabalhando. É preciso promover a comunicação pedindo que esclareçam e justifiquem suas respostas, que reajam frente ás idéias dos outros, que considerem pontos de vista alternativos.

Na essência, o diálogo capacita os alunos a falarem de modo significativo sobre seus conhecimentos, suas dúvidas, suas aprendizagens, a conhecerem outras experiências, testarem novas idéias, terem consciência do que eles realmente sabem e daquilo que ainda precisam aprender.

A partir da discussão estabelecida, das diferentes respostas obtidas, o educador pode aprender mais sobre o raciocínio de cada aluno e perceber a natureza das respostas, realizando assim intervenções apropriadas.

A comunicação oral favorece ainda a percepção das diferenças, a convivência dos alunos entre si, o exercício de escutar um ao outro numa aprendizagem coletiva, possibilitando também aos alunos mais confiança em si mesmos, para que se sintam mais acolhidos e sem medo de se exporem publicamente.

A comunicação escrita Temos observado que escrever sobre matemática ajuda a aprendizagem dos alunos de muitas formas, encorajando reflexão, clareando idéias, e agindo como um catalisador para as discussões em grupo.

Produzir textos nas aulas de matemática cumpre um papel importante para a aprendizagem dos alunos e favorece a avaliação dessa aprendizagem em processo. Organizar o trabalho em matemática de modo a garantir a aproximação dessa área do conhecimento com a língua materna não apenas é uma forma de favorecer uma abordagem interdisciplinar, como permite a valorização de diferentes habilidades que compõem a realidade complexa de qualquer sala de aula.

Escrever em matemática pode ajudar os alunos a aprimorarem percepções, conhecimentos e reflexões pessoais. Favorece ainda que realizem processos de escuta, leitura, questionamento, observação, interpretação e avaliação. É como se, ao escrever, pudessem refletir sobre seu próprio pensamento e ganhar assim, uma consciência maior sobre seus caminhos, suas ações, suas aprendizagens.

Há muitas formas de favorecer os procedimentos de comunicação nas aulas de matemática, algumas delas são:

Explorar interações nas quais os alunos explorem e expressem idéias através de discussão oral, da escrita, do desenho de diagramas, da realização de pequenos filmes, do uso de programas de computador; da elaboração e resolução de problemas.

Pedir aos alunos que expliquem sem raciocínio ou suas descobertas por escrito.

Promover discussões em pequenos grupos ou com a classe toda sobre um tema.

Valorizar a leitura em duplas dos textos no livro didático.

Propor situações problema nas quais os alunos sejam levados a fazer conjecturas a partir de um problema e procurar argumentos para validá-las.
Com esse trabalho nossos objetivos são levar os alunos a:

Relacionarem materiais, desenhos, diagramas, palavras e expressões matemáticas com idéias matemáticas.

Refletirem sobre e explicar o seu pensamento sobre situações e idéias matemáticas:

Relacionarem a linguagem de todos os dias com a linguagem e os símbolos matemáticos:

Compreenderem que representar, discutir, ler, escrever e ouvir Matemática são uma parte vital da aprendizagem e da utilização da Matemática.

Desenvolverem compreensões comuns sobre as idéias matemáticas, incluindo o papel das definições

Desenvolverem conjecturas e argumentos convincentes;

Compreenderem o valor da notação matemática e o seu papel no desenvolvimento das idéias matemáticas.
A avaliação e a comunicação A avaliação tem a função de permitir que educador e educando detectem pontos frágeis, aprendizagens e que extraiam as conseqüências pertinentes sobre para onde direcionar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. Ou seja, a avaliação tem caráter diagnóstico, de acompanhamento em processo e formativo.
Nesta proposta a avaliação é concebida como instrumento para ajudar o aluno a aprender. Assim, educador revê os procedimentos que vem adotando e replaneja sua atuação, enquanto educando vai continuamente se dando conta de seus avanços e dificuldades.
A avaliação só é instrumento de aprendizagem quando o educador utiliza as informações conseguidas para planejar suas intervenções, propondo procedimentos que levem o educando a atingir novos patamares de conhecimento.
O recurso da comunicação, nesse sentido é essencial, pois no processo de comunicar suas idéias o educando nos mostra ou fornece indícios de que habilidades ou atitudes está desenvolvendo, e que conceitos ou fatos domina, apresenta dificuldades ou incompreensões.
Os recursos da comunicação são novamente valiosos para interferir nas dificuldades encontradas ou para permitir que educando avance mais, propondo-se outras perguntas, mudando-se a forma de abordagem.
Como podemos ver, há muitas vantagens em estimular a comunicação nas aulas de matemática.
Que tal você tentar?

Referências bibliográficas: Lerma, Inés S. Comunicacion, lenguaje y matematicas.
In: Teoria y practica in educacion matemática.
Sevilla: Linares, Sánchez y García, 1990.

Miller, L. Diane. Fazendo a conexão com a linguagem.
Arithmetic Teacher, nº 6, pag. 311-316, fev. 1993.

Machado, N.J. Matemática e língua materna: a análise de uma impregnação mútua.
São Paulo: Cortez, 1990.

Smole, K. S. e Diniz. M. I.
Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática.
Porto Alegre: Artmed, 2001.



FONTE: www.mathema.com.br